Os casos de violência em Campinas aumentaram mais de 25% no último ano em relação a 2022, quando foram contabilizados mais de 2800 casos, principalmente com crianças, adolescentes e idosos. Em 2023, foram 3634 notificações de violência, de acordo com dados do Sistema de Notificação de Violência em Campinas, divulgado nesta semana.
A violência física foi a mais notificada do total de casos, com 34%, seguida das tentativas de suicídio, com 23%, e da violência sexual, com 16%. Casos de negligência e de abandono, segundo o boletim, também foram bastante registrados, especialmente no caso de crianças.
A maioria das vítimas, cerca de 71%, é do sexo feminino. No recorte racial, entre as mulheres, as brancas representam a maior parte das vítimas. Entre os homens, a distribuição racial foi mais equilibrada, com uma ligeira predominância de vítimas negras e pardas.
A violência atingiu mais as mulheres na faixa etária de 30 a 39 anos. A violência física (46,3%) e as tentativas de suicídio (27,5%) foram as formas mais noticiadas, com um aumento significativo nos últimos anos.
Os cônjuges ou ex-cônjuges foram os principais autores de violência contra as mulheres, com 42,8% dos casos.
Em relação à violência contra crianças, entre 2019 e 2023 houve um aumento de 47,7% nas notificações, e de 44,7% na violência contra adolescentes.
Entre a população idosa, o número de notificações de violência foi de 720 casos entre 2019 e 2020, com um aumento em 2022. As idosas foram as principais vítimas, representando 71,7% dos casos, sendo a violência física a mais notificada (35%), seguida pela negligência e abandono (27%).
(Com informações da Prefeitura de Campinas)