A Justiça aceitou o pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo e decretou a prisão preventiva de um homem denunciado por matar a esposa a tiros em um posto de combustíveis no bairro Recanto do Sol II, em Campinas. O crime aconteceu no dia 14 de janeiro deste ano.
De acordo com a promotoria, o denunciado descumpriu a medida cautelar ao fazer contato com uma testemunha. A prisão preventiva havia sido negada pelo Juízo de primeiro grau, que entendeu não existir pressupostos e fundamentos de cautela.
Segundo o registro, o homem enviou uma mensagem para uma das testemunhas dizendo que ela havia “acabado com sua vida”. A promotora contou que essa pessoa e se mostrou “visivelmente abalada, constrangida e com muito medo, pois foi o pivô da briga entre réu e vítima, antes do assassinato” em audiência.
A testemunha relatou sofrer ameaças, com a presença constante de carros parados em frente à sua casa.
No parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, a procuradora Silvia Kawamoto reforçou a necessidade de prisão por considerar que a liberdade do acusado “coloca em risco a instrução criminal”. As testemunhas demonstraram temor em depor com o réu ainda solto.
O homem era casado com a vítima, de 29 anos, há 13 anos. Eles tinham um filho em comum. Segundo a investigação, ele iniciou uma discussão depois de encontrar mensagens no celular entre a vítima e seu melhor amigo.
Relembre o caso
No dia do crime a vítima ligou para uma das amigas contando que havia brigado com o companheiro e estava machucada. As duas colegas combinaram de encontrar com a mulher em um posto de combustíveis, no entanto, o homem foi atrás dela e já desceu do carro armado e matou a companheira.