Capivaras dos parques públicos de Campinas foram marcadas com um desenho de coração na parte traseira do corpo, indicando que o animal foi esterilizado recentemente e faz parte do projeto da Prefeitura de combate à transmissão da febre maculosa por meio da redução de nascimentos de filhotes.
A marcação é feita com raspagem dos pelos do animal para fins de monitoramento pós-cirúrgico. Depois de três ou quatro meses, os pelos voltam a crescer e as marcas externas devem desaparecer, de acordo com a Prefeitura.
Até o momento, foram realizados os procedimentos cirúrgicos em 53 capivaras de dois grupos diferentes que vivem no Parque Portugal, em três campanhas de cirurgia.
O DPBEA segue fazendo a ceva, captura e castração, uma vez que a população de capivaras varia de forma sazonal, em função dos picos de reprodução da espécie.
O manejo das capivaras começou no dia 26 de setembro, com a ceva (alimentação controlada em locais e horários específicos), passando pela captura do grupo, realização das cirurgias (vasectomia e salpingectomia) e recuperação.
O processo continua em andamento com a soltura dos animais esterilizados e captura dos animais satélites, aqueles que pertencem ao grupo mas não ficam, necessariamente, juntos a ele, vivem nas proximidades.
Combate à febre maculosa
A Administração Municipal aposta na esterilização das capivaras como técnica auxiliar para prevenir a transmissão da febre maculosa, que pode ocorrer quando um carrapato se alimenta do sangue de um animal infectado, como a capivara (entre outros), e depois pica uma pessoa. A capivara não transmite diretamente a doença às pessoas.