Crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos incompletos, que precisam ser afastados do convívio da família biológica, seja por uma situação de violência ou negligência, são encaminhados para abrigos municipais, mas quando é possível, podem ser acolhidos temporariamente por uma família acolhedora. Neste mês de dezembro, a administração municipal lançou uma campanha de incentivo ao projeto.
A ação é monitorada pela prefeitura de Campinas, com duas instituições que concentram as famílias. O programa é oferecido pelo Sapeca (Serviço de Acolhimento e Proteção Especial à Criança e ao Adolescente), da Prefeitura de Campinas, e pelo Conviver, da Guardinha (Associação de Educação do Homem de Amanhã). Juntas, essas organizações têm 23 famílias cadastradas, sendo 17 ativas, que acolhem 14 crianças e adolescentes.
De acordo com os dados da Guardinha, 96 crianças e adolescentes passaram pelo serviço de acolhimento, e desse total, 40 foram transferidas para o Serviço de Acolhimento Institucional ou famílias adotivas. Dessa soma, 38 já retornaram para o convívio familiar. Além disso, 64 crianças de 0 a 6 anos aguardam uma família acolhedora.
A secretária de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas, Vandecleya Moro, explica que na maioria dos casos as crianças afastadas das famílias de origem são encaminhadas para abrigos municipais, por causa da falta de famílias acolhedoras.
Vandecleya Moro fala sobre a importância do acolhimento, que acontece de uma forma individualizada, proporcionando uma referência de família para a criança. Vandecleya ainda detalha um dos requisitos para participar do projeto.
Antes de se tornar uma família acolhedora, os participantes passam por um curso de capacitação e depois de preparados são acompanhados por assistentes sociais e psicólogos.
As pessoas interessadas em fazer parte do programa, devem entrar em contato com as instituições participantes pelo telefone do Serviço ConViver (19) 3772-9699, ou através do SAPECA (19) 3256-6335.
A campanha da prefeitura está sendo veiculada em locais estratégicos da cidade, como pontos de ônibus, relógios de rua, terminais de transporte público e estabelecimentos comerciais. Desde sua criação em Campinas, no ano de 1997, o Serviço Família Acolhedora já atendeu 496 crianças e adolescentes.