As tentativas de homicídios contra mulheres aumentaram na região. Esse ano já registra o maior número da série histórica feita pela Secretaria Estadual da Segurança Pública, que começou em 2011.
Até outubro, foram registradas 595 tentativas de assassinato contra mulheres no interior de São Paulo. Uma alta de quase 70 por cento (69,5%), se aproximando dos 600 casos – no comparativo com o ano passado.
Os dados apontam que desde 2021, o número de casos vem crescendo em todo o Estado.
De 2021 para 2022, o número de casos foi 230 para 269: alta de 17 por cento (16,9%).
Aumento maior – de 30 por cento (30,4%) – entre 2022 e 2023, quando foram 351 tentativas de homicídio contra mulheres.
Os números da Secretaria da Segurança Pública incluem as tentativas de homicídio comum e as de feminicídio, que é quando alguém atenta contra a vida de uma mulher em situação de violência doméstica ou familiar ou por causa do gênero feminino.
Para a Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher da OAB, em Campinas, uma lei sancionada em outubro deste ano pode auxiliar na diferenciação dos casos. A legislação foi alterada para definir o feminicídio como um crime específico com pena maior.
Assim como no homicídio comum, a tentativa de feminicídio também é um crime intencional contra a vida e pode ser julgada em júri popular.
Em Campinas, o último crime foi com uma mulher de 25 anos, no dia 10. A vítima foi levada para um hospital com ferimentos graves após ser esfaqueada pelo companheiro, de 27 anos. O caso aconteceu no Jardim Florence, região do Campo Grande. A filha de três anos do casal presenciou toda a cena.