Violência contra a mulher cresce na região; medidas protetivas batem recorde

foto: reprodução EPTV

O número de medidas protetivas concedidas nas dez maiores cidades da região de Campinas continua a crescer. De acordo com dados judiciais, em 2022, foram registradas 5.114 medidas concedidas. Em 2023, o aumento foi de 14%, com 5.833 casos. Já em 2024, até a última quarta-feira (11), 6.067 medidas já haviam sido expedidas, indicando um cenário de crescente em registros de violência doméstica. 

Dois relatos anônimos mostram a gravidade da situação. Uma das vítimas, que viveu por nove meses com o agressor, contou que foi agredida fisicamente e abusada sexualmente.

A outra mulher relatou que passou mais de 10 anos com um homem 20 anos mais velho, com quem teve três filhos. Nesse período, sofreu agressões físicas, ameaças e foi impedida de estudar e trabalhar. Após a separação, o homem invadiu sua casa em agosto deste ano e voltou a agredi-la, mesmo com três medidas protetivas já concedidas contra ele.

Atualmente, ela vive em um abrigo para mulheres vítimas de violência em Campinas. 

A coordenadora de políticas públicas para mulheres de Campinas, Grazielle Coutinho, destacou a importância do suporte às vítimas.

A advogada Jaqueline Gachet, especialista em direito da mulher, explicou que as medidas protetivas podem ser concedidas pela Justiça em até 48 horas e têm como objetivo afastar o agressor e garantir a segurança da vítima.

Além das medidas protetivas, as mulheres podem denunciar casos de violência por meio do Disque 180, que funciona de forma gratuita e sigilosa, ou acionar as patrulhas da Lei Maria da Penha, realizadas por Guardas Municipais em alguns municípios. Também há recursos como o botão do pânico, disponível em algumas cidades, que envia alertas diretamente às autoridades em casos de emergência. 

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