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O Ministério Público do Trabalho registrou 67 denúncias de trabalho análogo à escravidão na região de Campinas em 2024. O número teve uma queda de 19% comparado ao ano de 2023, quando foram 83 registros. Apesar da queda na região, o panorama nacional e os dados do Ministério dos Direitos Humanos preocupam.
Um levantamento feito pela CBN mostra que o país teve recorde de denúncias de trabalho análogo à escravidão em 2024. Foi o quarto consecutivo. As 3963 denúncias, em 12 meses, marcaram recorde histórico desde a criação do Disque 100, em 2011.
O procurador do Ministério Público do Trabalho em Campinas, Marcus Vinícius Gonçalves, explica quais são as áreas com maior incidência de trabalho análogo à escravidão.
Segundo o procurador, outro trabalho com exploração das vítimas são os restaurantes, principalmente os orientais.
Marcus afirma que a falsa promessa de um salário alto e boas condições de vida atraem as vítimas, que na maioria dos casos vem do interior do Nordeste. Os casos envolvem também o tráfico humano.
De acordo com o Ministério Público, pessoas pretas e pardas, entre 30 e 34 anos, são a maioria das vítimas. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados com maior quantidade de denúncias.
A jornada exaustiva, condições precárias de trabalho, trabalho forçado, sem remuneração e servidão por dívida são alguns dos casos de trabalho análogo à escravidão. A população pode denunciar pelo disque 100 ou pelo site do Ministério Público do Trabalho.
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