Campinas registrou, em 2024, o maior número de casos de dengue da história: 121.241 confirmações e 84 óbitos. Apesar de 2024 ter sido considerado um ano anormal, 2025 preocupa ainda mais as autoridades de saúde.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Wanice Port, há uma estimativa de que este ano possa superar o número de infecções registrado no ano passado.
Como parte das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a Prefeitura de Campinas divulgou a primeira edição do Alerta Arboviroses 2025. No documento, 14 bairros aparecem com risco elevado de transmissão. As regiões Leste e Noroeste são as mais críticas, mas as demais áreas da cidade também demandam atenção.
Na região Leste, o Jardim Boa Esperança e Jardim Guanabara figuram como os que mais preocupam. Já na região Noroeste, a Vila Padre Manoel da Nóbrega, Jardim Paulicéia e Jardim Florence também são os destaques.
Na região Norte apenas o Parque Santa Bárbara está em alerta. Na Sudoeste, aparecem o DIC I, Vila União e Jardim Yeda. Também aparecem como bairros em alerta para a transmissão de dengue o Parque Figueira, Jardim Nova Europa e Vila Campos Sales na região Sul e Vila Industrial e São Bernardo na região Suleste.
Outro dado que tem gerado preocupação é o aumento no número de recusas de moradores em permitir a entrada de agentes de saúde para vistoria de imóveis. De acordo com um relatório parcial da Secretaria de Saúde, a recusa passou de 48% em 2022 para 49% em 2023 e atingiu 52% em 2024. Segundo Wanice, essa resistência dificulta a identificação e eliminação de focos do mosquito.
A Prefeitura reforça que é fundamental a colaboração da população para evitar a proliferação do mosquito e prevenir novos casos.