Os dois policiais militares presos após matarem por engano o guarda municipal Antônio Márcio de Oliveira, de 45 anos, durante uma ocorrência em Piracicaba, foram soltos após audiência de custódia nesta quinta-feira (23). A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Os PMs afirmaram que atiraram contra o GM ao suspeitarem que ele era um dos criminosos que perseguiam após um furto na região central da cidade. Antônio Márcio estava à paisana, pois estava de folga, e fazia a segurança particular de uma clínica de oftalmologia na Avenida Independência, onde trabalhava há cerca de 15 anos.
O caso ocorreu durante uma perseguição em que os suspeitos do furto fugiram pelos telhados das casas vizinhas ao notarem a aproximação das viaturas. Um dos homens invadiu a clínica, e, ao procurarem pelos criminosos, os policiais avistaram um homem armado no telhado de um imóvel próximo. Sentindo-se ameaçados, atiraram contra ele. Apenas após a ação, perceberam que se tratava do guarda municipal.
Antônio Márcio foi socorrido pelos próprios policiais e levado à Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba, mas não resistiu aos ferimentos. O enterro está marcado para esta sexta-feira (24), às 10h, no Cemitério da Vila Rezende, em Piracicaba.
Os PMs, que vão responder pelo caso em liberdade, serão investigados por um inquérito policial militar instaurado para apurar o ocorrido. Paralelamente, a Delegacia de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba também analisa os fatos, realizando diligências e verificando imagens de câmeras de monitoramento para esclarecer o caso.
