Preço dos alimentos continua em alta e pesa no bolso dos consumidores

Foto: Aline Albuquerque/CBN Campinas

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Nos últimos meses, diversos alimentos têm sofrido altas consecutivas, aumentos ligados a fatores como o dólar, a baixa produção por conta das mudanças climáticas, além de aspectos do mercado interno.

A inflação oficial de janeiro perdeu força e ficou em 0,16%. Em dezembro de 2024, o IPCA tinha ficado em 0,52%. Mas a desaceleração não significa que os preços ficaram mais baixos, e sim que, na média, subiram em menor velocidade. Foi a queda no preço da energia elétrica residencial responsável pela desaceleração da inflação no primeiro mês do ano.

No caso dos alimentos, eles continuam a pressionar o índice para cima. Este ano, alimentos e bebidas tiveram alta de 0,96%, a quinta consecutiva. O café é um dos itens que mais pressionou a inflação, com alta de mais de 8%. Segundo o IBGE, o preço das aves e ovos teve alta de 1,69% e as carnes de 0,36%.

Foto: Aline Albuquerque/CBN Campinas

O pesquisador do Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Usp, Thiago Bernardino detalha as causas do aumento.

A comerciante Gisele Jensen tem um açougue no Mercado Municipal de Campinas. Ela explica que, com altas frequentes da carne e ovos por parte dos fornecedores, precisou repassar o custo aos consumidores. E para ela não há expectativa de baixa, mas de continuidade dos aumentos.  

A campineira Ana Paula Maciel tem uma pizzaria e precisa ir ao mercado todos os dias, por isso acompanha de perto todos os preços. Ela vem tentando trocar alguns produtos, como a carne vermelha pelo frango, mas ainda assim o produto está mais caro. E o cafezinho, que para ela não dá para ficar sem, o jeito é fazer na medida certa, sem sobra na garrafa.  

O pesquisador do Cepea explica ainda que os incentivos do governo para redução nos preços são importantes, já que uma produção maior pode refletir na queda dos preços, mas relembra que o ciclo produtivo dos alimentos leva tempo.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou aumento no custo da cesta básica em janeiro deste ano em 13 das 17 cidades pesquisadas.

A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo, com custo de R$ 851,82, 60% do salário mínimo oficial.

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