Casa de repouso clandestina é interditada em Cosmópolis após morte de idosa

Foto: Reprodução/EPTV

A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher de 62 anos que estava internada em uma clínica de repouso em Cosmópolis. O local não tinha alvará de funcionamento e foi interditado nesta terça-feira (25).

A casa, localizada no bairro Uirapuru, zona rural de Cosmópolis, atendia 16 pessoas. Uma delas é o cunhado do Bruno Cardoso de Araújo. Ele fala sobre a situação.

“A gente assustou, né? Porque nem um animal pode passar por isso que eles estão passando aí dentro, cara. Isso é uma falta de responsabilidade da pessoa que falou que estava tudo certo e no final também tem nada certo isso. Desumano com certeza. Desumano, isso aí eu não desejo para ninguém, porque é de cortar o coração, viu? Está bem feia. Situação está bem crítica, o cheiro forte e as pessoas dormem tudo em cima do outro“, afirmou

De acordo com a prefeitura da cidade, o lar para idosos e clínica de reabilitação clandestina não tinha alvará de funcionamento e não estava regularizado na Vigilância Sanitária. As equipes da Guarda Municipal foram acionadas depois da morte de uma mulher de 62 anos na segunda-feira (24).

O subcomandante da Guarda Municipal, Irineu Alves Barbosa, falou sobre a ocorrência.

“Foi acompanhado de um plano de ambulância funerária e como pessoal constatou o local aqui degradado, vários idosos aqui acomodados aqui regularmente. Aí foi acionado a Polícia Civil e todos os órgãos competentes. Situação degradante, insalubre, é idosos pelo chão, colchão pelo chão com sujeira geral. Ela não tem documentação para para exercer essa função aqui. Está clandestinamente aqui no local”, disse.

Alexandre Ramires explica que assinou um contrato para o filho ficar em um quarto individual, mas segundo ele, a chácara tinha apenas dois dormitorios.

Minha sogra falou que viu a reportagem, que a EPTV está lá em Cosmópolis, que a chácara estava lacrada. Foi quando a gente veio para cá e nos depramos com isso aí. Ele é autista, foi o que eu fiquei mais chocado aqui na situação. Não tem como ele se comunicar com ninguém. Então, tanto que na hora que a minha filha fez um vídeo que estava no trabalho, ele estava na cozinha procurando comida. Então ele não fala, ele não comunica, então você imagina o sofrimento dele. Não tinha como ele comunicar com a gente que está acontecendo. Estou mais chocado com isso, ele não ter como se pedir ajuda para alguém, entendeu? Foi o que estava acontecendo aqui dentro”, contou.

A Secretaria de Assistência Social do município realiza o trabalho de encaminhamento dos pacientes aos familiares e outras casas de repouso. A Polícia pediu exames para investigar a morte da mulher de 62 anos e solicitou perícia no local.

A responsável pelo lar clandestino, uma mulher 61 anos, é investigada pela morte da vítima e por colocar em risco a vida de outras pessoas com mais de 60 anos.

Com informações da EPTV Campinas*

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