O Governo Federal instituiu o Plano Nacional de Igualdade Salarial com o objetivo de reduzir diferenças de salários e condições de trabalho entre homens e mulheres. A iniciativa também busca aumentar a presença feminina em cargos de liderança e chefia.
O plano foi anunciado depois que o Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, apontou que as mulheres ganham 20,9% a menos que os homens em 53.014 estabelecimentos com 100 ou mais empregados.
De acordo com a pesquisa, o salário das mulheres em 2024 era de R$ 4.516,92, enquanto o dos homens R$ 5.803,67. Uma diferença de 28% entre homens e mulheres no Estado de São Paulo.
Rosane Silva, Secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidado do Ministério das Mulheres, explica como o plano vai funcionar na prática.
“A igualdade no trabalho ela precisa ser um compromisso de todo mundo, né? Precisa ser um compromisso do Estado, um compromisso das empresas e um compromisso da própria sociedade brasileira. Então, no nosso caso, do Governo Federal, o nosso compromisso é com a execução do plano nacional. Eles têm 81 ações. Elas são divididas em três eixos, o eixo de acesso e ampliação das mulheres no mundo do trabalho, o segundo eixo, que é da permanência das mulheres nas atividades laboral e o terceiro é a ascensão e valorização das mulheres no mundo do trabalho. Então, cada Ministério está desenvolvendo as suas ações pensando esses três eixos”, finalizou a secretária.
A empresária Simone Risso está entre as mulheres que já receberam menos do que um homem ocupando a mesma função.
“Como eu vim do mercado bancário, né? A gente sempre percebeu que alguns cargos era de preferência para o pro sexo masculino, mesmo que você apresentasse números ou que você tivesse competência, certificações, algumas situações eram para o lado masculino mesmo”, conta Simone.
Ela é sócia-proprietária de uma corretora de seguros e investimentos e afirma que a maioria é mulher.
“Nós somos em 10. Dos 10, 9 são mulheres e eu não faço diferença salarial. Hoje a gente não pode distinguir homem ou mulher. A gente tem que distinguir a competência para aquilo que elas estão destinadas”, reforçou.
Carolina Regina Sartori, advogada trabalhista, ressalta os direitos em caso de desigualdade salarial.
“Primeiramente eu sugiro que tente resolver administrativamente na empresa onde ela trabalha. Caso não seja resolvido, ela pode fazer uma denúncia no Ministério do trabalho e Emprego de forma anônima, inclusive, para que essa situação seja averiguada, e em último caso, ela pode entrar com uma reclamação trabalhista pedindo todas as diferenças do período que ela trabalhou e que foi desigual” afirmou a advogada.
A pesquisa também aponta que o número de mulheres ocupadas aumentou de 38,8 milhões em 2015 para 44,8 milhões, um aumento de 6 milhões em 2024. Já a porcentagem de homens subiu de 53,5 milhões para 59 milhões (5,5 milhões a mais) no mesmo período.
Jornalista formada pela PUC-Campinas, começou na CBN Campinas em 2023. Passou por outras emissoras de rádio e televisão na região e atualmente é repórter na CBN Campinas.
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