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Com os efeitos das mudanças climáticas cada vez mais intensos, as autoridades e o poder público têm se preparado para enfrentar e reduzir os riscos de desastres. Em Campinas, o Município apresentou nesta quarta-feira (16) o plano local de resiliência e redução de risco de desastres, válido até 2030.
O objetivo é identificar as principais lacunas enfrentadas pelos órgãos públicos diante de desastres, para que os danos sejam menores e com esquemas estabelecidos para atender a população.
As principais ameaças analisadas no plano foram as inundações, deslizamentos, alagamentos, ondas de calor, estiagem e as epidemias. O relatório mapeou 18 setores como sendo de risco na cidade, como os bairros Vila Brandina, Vila Teixeira, Jardim São Fernando, Vila Nogueira e Parque Oziel.
O prefeito Dário Saadi ressaltou a necessidade de o Município estar preparado para reduzir esses riscos.
Com esses detalhes identificados, a Prefeitura estabeleceu 55 documentos orientadores, sendo 36 planos, para que os agentes do setor público saibam atuar de forma mais eficaz diante dos desastres. Também ficaram definidas 22 ferramentas para gestão de risco, como o telefone 156 do sistema de informação e solicitações de serviços públicos, além da criação do Centro de Resiliência da Defesa Civil.
O plano inclui também as pessoas com deficiência e como atuar com essa população em situações de emergência. A Defesa Civil elaborou material informativo sobre como auxiliar pessoas com deficiência e dificuldades de mobilidade nessas situações. O coordenador da Defesa Civil, Sidney Furtado, deu detalhes da elaboração do plano.
A instalação de um reservatório d’água no Pico das Cabras também foi incluída no plano, para melhorar o acesso à água no local e combater o fogo com mais agilidade. O documento foi baseado na metodologia criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para orientar as políticas públicas voltadas à redução de risco de desastres.