Joselma Gregório é motorista de aplicativo e está em busca de uma vaga de emprego, mas o que ela não esperava, era ser vítima de um golpe na internet através de uma publicação falsa de oportunidade de emprego.
Ela precisou registrar um boletim de ocorrência, mas o receio do que os golpistas vão fazer com os documentos entregues por ela ainda permanece.
Casos como o de Joselma cresceram 8% nas cidades de Campinas, Sumaré, Indaiatuba, Americana e Hortolândia entre 2023 e 2024. No ano passado foram registrados 1.167 crimes cibernéticos nas cinco cidades analisadas.
Já em 2023 os municípios tiveram 1.264 casos. Os dados foram obtidos pela EPTV junto à Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Humberto Sperone, coordenador de infraestrutura de Tecnologia da Informação, explica que os golpistas utilizam a inteligência artificial e a engenharia social – uma técnica de manipulação que explora falhas na segurança humana para obter informações, acesso ou outros benefícios de valor.
Rodrigo Cangussu de Almeida, advogado especialista em direito digital, alerta para o risco de fornecer documentos pessoais em abordagens suspeitas.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as fraudes mais frequentes em 2024 foram: golpe por Whatsapp, falsa venda, falsa central/falso funcionário, Phishing, falso investimento, troca de cartão, falso boleto, devolução de empréstimo, falso motoboy e mão fantasma (quando o criminoso entra em contato se passando por funcionário do banco).
*Com informações de Wesley Justino/EPTV Campinas