A Câmara Municipal de Campinas aprovou por unanimidade, em primeira discussão, o projeto de lei complementar que cria a Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher. A proposta, enviada pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos), recebeu apoio até mesmo de vereadores da oposição, e a tendência é que a segunda e definitiva votação, prevista para a próxima semana, também ocorra sem problemas para o prefeito.
Nos bastidores, o foco agora se volta para quem vai comandar a nova pasta. A expectativa é de que a nomeação seja feita a partir de uma indicação do PL, partido da base do governo com cinco cadeiras na Câmara. Apesar da expectativa de influência do partido na escolha, a futura secretária (ou secretário) não deve ser nenhuma das parlamentares da sigla — inclusive a única mulher entre os cinco vereadores do PL, Débora Palermo, já descartou a possibilidade de assumir o cargo.
A criação da secretaria é vista como um avanço institucional para a formulação e execução de políticas públicas voltadas às mulheres, com atuação transversal em áreas como saúde, combate à violência, empreendedorismo e inclusão social.
A estrutura da nova pasta contará com departamentos, coordenadorias e setores temáticos, e incluirá cargos específicos como secretário(a), adjunto(a) e diretores. Parte da equipe será remanejada da atual Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social. Já o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher passará a ser vinculado à nova secretaria, com o objetivo de fortalecer o controle social e a participação popular nas decisões.
Com a confirmação da aprovação final na semana que vem, o nome a ser indicado pelo PL para o comando da secretaria deve ser anunciado nas próximas semanas, e deve vir de fora do Legislativo, mostrando a articulação política do partido do ex presidente Jair Bolsonaro, na composição do governo Dário.