O Instituto Ampara Animal, localizado em Amparo, recebeu a onça-pintada capturada há 21 dias no Pantanal. A suspeita é que o animal seja o mesmo que atacou e matou um caseiro em Aquidauana, no Pantanal Sul-Mato-Grossense, no final de abril.
O felino, um macho de aproximadamente nove anos, foi transferido na quinta-feira (15) do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS).
Durante as três semanas em que permaneceu na unidade, o animal ganhou cerca de 13 kg, passando de 94 kg para 107 kg. Segundo a equipe veterinária, ele chegou desidratado e com baixo peso, sendo submetido a exames e suporte nutricional.



A instituição em Amparo, para onde o animal foi levado, possui oito onças, sendo cinco pintadas e três pardas, que foram vítimas da interferência humana e não podem retornar para a natureza.
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O Instituto abriga diversos tipos de animais silvestres desde 2018, com espaços e recintos específicos sem contato com público.

Suspeita
A onça-pintada foi capturada pela Polícia Militar Ambiental no dia 24 de abril, próximo ao pesqueiro Touro Morto, no encontro dos rios Miranda e Aquidauana, no Pantanal. Na época da captura, o animal estava debilitado e apresentou problemas de saúde, que posteriormente se confirmaram transitórios.
A suspeita é que a onça-pintada seja a mesma que atacou e matou o caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, no dia 21 de abril. O caseiro trabalhava há 16 anos em um pesqueiro às margens do Rio Miranda, em Aquiduana, e estava acostumado com a presença dos felinos na região.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, foram encontradas pegadas da onça e partes do corpo da vítima próximo ao local do ataque. O laudo confirmou que a causa da morte foi uma mordida de onça-pintada na cabeça.
Entretanto, até o momento, não há confirmação de que o animal capturado seja o mesmo envolvido no ataque.