O número de casos de dengue em Campinas segue em alta. Segundo dados mais recentes divulgados pelo Painel de Arboviroses da Prefeitura, o município já contabiliza 35.388 casos de dengue em 2025 — o quarto maior total anual da história, mesmo com apenas cinco meses completos.
O número já supera as ocorrências registradas em anos inteiros, como em 2019 (26.341 casos) e 2023 (11.523 casos). À frente de 2025, apenas os anos mais críticos da série histórica: 2024, com 121.957 casos; 2015, com 65.754; e 2014, com 42.405.
Diante da escalada nos casos, a Secretaria de Saúde de Campinas publicou nesta quinta-feira (29) um novo Alerta Arboviroses, aumentando de 24 para 27 o número de bairros com reforço nas ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
As regiões cobertas pelo alerta estão espalhadas por toda a cidade.
• Leste: Centro;
• Noroeste: Jardim Lisa, Jardim Novo Maracanã, Parque Residencial Campina Grande e Residencial São Luiz;
• Norte: Jardim Aurélia, Jardim do Vovô, Vila Teixeira, Vila Nova Teixeira, Residencial Parque Bandeirantes, Vila Proost de Souza e Vila IAPI;
• Sudoeste: Jardim Santo Antônio, Jardim Santos Dumont 2, Jardim Cristina e Chácara Santa Letícia;
• Sul: Vila Campos Sales, Parque da Figueira, Loteamento Parque São Martinho, Jardim San Diego e Jardim Nova Mercedes;
• Suleste: Jardim Esmeraldina, Jardim Estoril, Jardim Samambaia, São Bernardo, Vila Industrial e Parque Industrial.
Segundo a Secretaria de Saúde, a seleção dos bairros se baseia em indicadores como número de casos, densidade populacional, presença de criadouros em imóveis de difícil acesso e circulação simultânea de diferentes vírus.
As visitas às residências são feitas por agentes da empresa Impacto Controle de Pragas, que usam camiseta laranja com gola careca, calça cinza e crachá. O líder da equipe veste blusa verde com as mesmas identificações. Já os voluntários dos mutirões atuam com coletes laranja com a frase “Campinas contra o mosquito”.
Moradores que tiverem dúvidas sobre a identidade dos agentes podem entrar em contato com o telefone 156, de segunda a sexta-feira, ou com a Defesa Civil pelo 199 aos fins de semana e feriados.
A Secretaria reforça que as recomendações se estendem a toda a cidade, não apenas aos bairros citados, e que eliminar criadouros dentro das casas continua sendo a forma mais eficaz de combater a proliferação do mosquito.