Ele foi o mais baiano dos argentinos. Radicado em Salvador desde do início dos anos 80, o percussionista e programador musical Ramiro Musotto trabalhou ao lado de grandes nomes da musica nacional. Com sua sensibilidade aguçada ele re inventou uma música que unia o tradicional com o moderno. Em 2003, Ramiro Musotto lançou o seu primeiro trabalho solo, o cd Sudaka . Em 10 faixas ele produziu um disco, que apesar de ser de música eletrônica, não foi direcionado para as pistas. Com varias experimentações, entre percussões, sons da rua e cânticos tribais, Ramiro propôs um projeto criativo e original. Ramiro José Musotto, nasceu em Bahia Blanca, região próximo a Patagônia Argentina. Amante da música brasileira foi em outra Bahia, bem mais quente, que ele escolheu para viver. Ele veio para o Brasil em 82 para estudar percussão com o Jose Nazário e logo depois foi para Salvador.
A exemplo de Nana Vasconcelos, Ramiro Mussoto também usou berimbau como principal referencia. Ele tocava em instrumentos de diversos tamanhos e afinações, bem como a utilização da cabaça de metal.
Antes de seguir careira solo, Ramiro atuou em diversos discos de Margareth Menezes, o destaque foi enorme com reconhecimento internacional e logo depois ingressou no time de Daniela Mercury.
Ramiro Musotto foi o primeiro a usar uma percussão programada num bloco da Bahia. E essa nova musica foi um divisor de águas para o carnaval de Salvador. A partir de então estava proposto o chamado Samba Reggae.
Em 2006 três anos antes de morrer, o músico lançou o álbum Civilização e Barbárie. Ao lado da orquestra Sudaka, Ramiro fez um disco que caminhou pela cultura afro cubana, aldeias Guaranis e vozes sampleadas.
Ramiro Musotto construiu uma respeitada trajetória como percussionista e interprete de Berimbau, amante das novidades, ele também incorporou sofisticados equipamentos tecnológicos em sua pátria Musical.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi