O Ministério Público Estadual, em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campinas, Prefeitura e Ministério Público do Trabalho e Emprego vão investigar as causas do acidente que vitimou dois funcionários da obra de expansão do Shopping Iguatemi Campinas na noite desta segunda-feira.
O piso superior da obra despencou de uma altura de 6 metros e dois trabalhadores foram soterrados. O acidente aconteceu por volta de 7 da noite. O corpo de bombeiros encontrou dificuldade para localizar os corpos, uma vez que havia toneladas de cimento e entulho no local.
Ambas as vítimas eram do Piauí: Manuel Willis Bernardo da Silva, de 32 anos e Francisco Célio da Silva de 22 anos.
De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campinas, Francisco Aparecido da Silva, os dois funcionários que morreram não deveriam estar naquele local, uma vez que o cimento do piso superior recém instalado, ainda não estava seco. O Sindicato ainda vai analisar a quantidade de horas extras que os funcionários estavam fazendo no dia a dia da obra, uma vez que as duas vítimas eram do turno da manhã e estavam trabalhando há 12 horas.
Para o Procurador do Ministério Público do Trabalho, Everson Rossi, a terceirização da mão de obra acaba prejudicando a segurança e o cumprimento de obrigações trabalhistas. Ele ainda adiantou os próximos passos da investigação. A polícia civil abriu inquérito por homicídio culposo, onde não há intenção de matar, além de acidente de trabalho e desabamento. O delegado do 4º Distrito Policial (DP), Mauricio Lucenti Geremonte, já solicitou agendamento de depoimentos de testemunhas.
O Iguatemi Campinas e a Construtora Método, responsável pela obra, lamentaram o acidente e informaram que vão contribuir no que for necessário durante as investigações. Ao término das obras, orçadas em 190 milhões de reais, o Iguatemi Campinas vai passar a ser o terceiro maior Shopping do país.
