Cerca de quatro meses depois da morte do idoso Edson de Souza na avenida Heitor Penteado, no Taquaral em Campinas, as reclamações dos pedestres ainda são as mesmas na região da Praça Arautos da Paz. Além da falta de faixas, moradores reclamam da velocidade dos veículos e da fiscalização, já que o local tem vários cruzamentos e é muito frequentado para a prática de esportes e atividades ao ar livre.
Nas vias próximas à praça, como a Avenida Heitor Penteado e as ruas Vital Brasil e Dona Luísa de Gusmão, o limite é de 60 quilômetros por hora, mas muitos motoristas não respeitam sinalização. Para Washington Mantellato, o ideal seria a redução da velocidade permitida para 40 quilômetros por hora, ou a instalação de lombadas eletrônicas. Valdir Pereira, que costuma fazer caminhadas no espaço, acredita que também faltam fiscalização e orientação no trânsito para evitar que pedestres e ciclistas se arrisquem.
Através da assessoria de imprensa, a empresa responsável pelo trânsito de Campinas afirmou que “sempre que uma demanda é apresentada, uma equipe verifica os pedidos da população”. Caso as reclamações sejam encaminhadas à Emdec, os agentes “analisam a possibilidade e a necessidade de mudanças e reforço no controle de velocidade”.
Enquanto isso, os trabalhos de apuração sobre a morte do pintor Edson Souza estão a cargo do Ministério Público, que já ouviu o menor de 17 anos acusado de estar na direção do veículo envolvido. A defesa do jovem alega que ele estava sozinho no momento do acidente e que não prestou socorro porque teria ficado traumatizado após a colisão. No local do atropelamento, pichações no asfalto e na calçada pedem justiça nas investigações.