No Brasil, a cada hora, quarenta partos prematuros acontecem, elevando as chances de problemas futuros de saúde para milhares de crianças. Em 2012, foram 340 mil nascimentos nessas condições. A média do País, de 12,4%, é o dobro da taxa europeia e levou pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas a acompanhar 30 mil partos nas regiões sul, sudeste e nordeste.
Os resultados mostram mais de 100 fatores de risco para nascimentos antes do tempo. Os espontâneos, segundo o obstetra do Hospital da Mulher da Unicamp, Renato Passini, superam o número dos induzidos. Entre as causas e os fatores de risco, ainda de acordo com Passini, está o hábito de fumar e o excesso de estresse emocional e esforço físico. Já sobre o perfil de grande parte das mulheres que sofrem parto espontâneo, estão as grávidas de gêmeos e com incidência de encurtamento de colo e infecções
Como prevenção, o especialista diz que o ideal seria o aumento na identificação dos riscos através de exames pré-natais. Para ele, falta melhorar a qualidade das consultas e também ampliar os leitos neonatais. A intenção é usar o estudo para compor materiais para médicos e pacientes, já que o parto prematuro é a principal causa de morte infantil no Brasil, além de causar problemas respiratórios e motoros no bebê.