O segmento da construção civil foi duramente afetado pelo baixo crescimento econômico do país em 2014. Dados da Fecomércio apontam uma queda nas vendas de 26,8%, se comparado os meses de outubro de 2014 e de 2013. A redução nesse setor impactou diretamente a geração de empregos.
De acordo com balanço divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas, em 2014 o setor cortou 2.157 vagas de trabalho, sendo o segundo pior segmento perdendo apenas para a indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores de Construção Civil de Campinas e Região também avalia de forma negativa o setor. O Secretario Geral da entidade, Francisco Aparecido da Silva comenta que a categoria chegou a ter, na regional Campinas entre 2012 e 2013, cerca de 35 mil trabalhadores. Nos últimos meses houve uma redução de até 15%.
Ele diz ainda que, um dos principais problemas, é que os lançamentos não estão sendo vendidos tão rapidamente como no passado. Com isso, a contratação de trabalhadores demora mais para acontecer.
Se o ritmo na venda de empreendimentos imobiliários é mais devagar, o impacto também é sentido no comércio. O Proprietário da loja de material de construção, Casa Forte Campinas, Leandro Rogério Lima da Silva, informou que o preço do aço terá um reajuste de cerca de 5% o que deverá impactar negativamente no setor.
Segundo ele, as vendas caíram cerca de 10% nos últimos meses.
Para o Economista da Assessoria econômica da Fecomércio, Guilherme Dietze, a instabilidade a curto prazo gera incertezas e acarretam em retração de consumo e, consequentemente, na geração de empregos
Na região metropolitana de Campinas, a indústria e a construção civil cortaram juntas, cerca de 10 mil vagas em 2014.