Pavan cancela carnaval e divulga dívidas de Moura Jr. em Paulínia

446 cheques de fornecedores que não foram pagos em vários setores da administração e uma dívida de 1 milhão e 370 mil reais no hospital municipal. Esta é situação apresentada pelo prefeito de Paulínia, José Pavan Junior, após reassumir o executivo, já que Edson Moura Junior foi cassado pela sétima vez.

O valor dos cheques ainda não foi calculado, mas o fato de não terem sido pagos compromete, por exemplo, a distribuição de remédios. Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, Pavan, mesmo com as dívidas garantiu a manutenção de serviços básicos na cidade e o corte do carnaval, para uso da verba no setor de saúde.

Em caixa, a prefeitura disse ter, neste primeiro dia útil do governo de Pavan, apenas R$ 500 mil.

Pavan também cortou a criação de 187 cargos, com a retirada de quatro projetos enviados pela administração de Edson Moura Júnior, que estavam em tramitação na Câmara de Vereadores e previam a criação de quatro secretarias. A administração de Pavan prevê uma economia de R$ 16 milhões por ano com a medida.

O combustível de carros da prefeitura também vai passar por racionamento por falta de dinheiro, com exceção de ambulâncias e veículos da Guarda Municipal. Os filmes no pólo cinematográfico também estão suspensos. O prefeito garantiu que o salário dos servidores não serão afetados.

Com foco na área da Saúde, a atual administração apontou a falta de 120 medicamentos, de 30 itens médico-hospitalares, falta de manutenção geral nos hospitais, leitos sem uso, contatos vencidos, falta de médicos e funcionário e risco de suspensão dos serviços de laboratório.

Os exames tem situação crítica, com equipamentos quebrados e filas de espera que chegam a 10 mil, no caso da mamografia.

O secretário de saúde, Ricardo Carajeleascow, garantiu remédios num prazo de 60 dias e para amenizar a situação de atendimentos espera parcerias.

A prefeitura explicou que alguns medicamentos que estão em falta na rede de Paulínia fazem parte da cesta do Ministério da Saúde e dependiam apenas de um relatório, que segundo o atual secretário da pasta não foi enviado pela administração de Edson Moura Júnior.

O secretário de Pavan afirmou já ter o relatório e por isso estabeleceu os dois meses de prazo para a disponibilidade dos remédios. José Pavan Júnior reassumiu a prefeitura na sexta-feira.

Assessoria do prefeito Moura Júnior disse que as afirmações de Pavan são políticas e infundadas.

 

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