A novela acabou. Depois de 5 anos fechado e sendo sinônimo de descaso do poder público com a terra de Carlos Gomes, órfã de teatro, afinal, neste mesmo 2012 o outro teatro, do Centro de Convivência, também foi fechado, o Castro Mendes finalmente abriu as cortinas na noite de quarta-feira. Este 5 de dezembro vai ficar marcado como o dia em que a cidade voltou a ter um, apenas um, teatro municipal em funcionamento.
O clima era de festa e logo no hall principal, os comentários de que aquele teatro não era um espaço reformado, e sim uma nova casa de espetáculos, eram ouvidos em todos os cantos. Foram 10 milhões de reais em obras, uma reforma interminável e um empurra – empurra entre administrações que só fez a cultura da cidade agonizar.
A festa chegou a ter contornos de suspense, quando no início da manhã desta quarta, os músicos da orquestra se recusaram a ensaiar, alegando ter muito pó, sujeira, escadas e andaimes. Pra completar, o laudo do Corpo de Bombeiros ainda não estava oficializado no início da tarde. Nada disso impediu que a festa tomasse conta da Vila Industrial, palco do Castro Mendes.
