O adiamento para maio de 2017 da discussão da nova outorga para o Sistema Cantareira desagradou o Consórcio das Bacias dos Rios PCJ. A decisão foi tomada essa semana pela ANA – Agência Nacional de Águas depois de um encontro que reuniu representantes dos governos Federal, de São Paulo e de Minas Gerais, além do Ministério Público e empresas responsáveis pelo abastecimento de água das cidades envolvidas.
Para a gerente técnica do PCJ, Andrea Borges, a situação não é boa para a região de Campinas.
A justificativa para o adiamento, de acordo com nota oficial emitida pela Agência, foi a complexidade do tema e a qualidade das propostas apresentadas.
Já o Professor da Unicamp e Especialista em Recursos Hídricos, Antônio Carlos Zuffo acredita que o adiamento foi a melhor decisão a ser tomada diante de uma incerteza das condições climáticas para os próximos meses.
Um dos principais entraves é que cada região abastecida pelos rios defende um limite máximo diferente de retirada de água. A autorização para a retirada de água desses rios foi dada em 2004, válida por 10 anos, para que a Sabesp abastecesse o Sistema Cantareira. Mas esses rios também abastecem a região de Campinas.
Andrea alerta que a necessidade principal, hoje, é recuperar o Cantareira
Em duas semanas, os participantes da reunião desta semana, em Brasília, devem encaminhar propostas de uma agenda de discussões sobre o tema.