Em visita a Holambra, na região de Campinas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, subiu o tom e criticou alguns protestos feitos contra a readequação do ensino e o fechamento de escolas paulistas. Para o tucano, pessoas com motivações políticas aproveitaram o movimento contra as medidas do Governo Estadual para intensificar as manifestações e aumentar as críticas à gestão atual.
A opinião é mais dura do que a registrada há quase duas semanas atrás, quando Alckmin esteve em Nova Odessa e alegou que os atos contra a decisão eram naturais e pediu compreensão da população. Desta vez, ele ainda reforçou as críticas ao comentar a manifestação de alunos em uma escola em Pinheiros, na capital paulista. Os estudantes ocuparam o local e querem ser ouvidos por representantes do Governo.
Um protesto semelhante foi feito em Americana, onde alunos entraram na Secretaria de Educação e quebraram vasos e atiraram bombas caseiras dentro do espaço. Ainda durante o evento, o governador foi questionado sobre o Plano de Contingência Contra a Crise Hídrica, mas não justificou a demora para a conclusão do documento que prevê medidas em três níveis de atuação.
O plano orienta as ações do poder público, das companhias e da sociedade civil em caso de seca ou desabastecimento de água para a população da Região Metropolitana de São Paulo. Alckmin, porém, não detalhou as medidas e diz que conta com a chuva para a recuperação dos reservatórios. Em Holambra nesta quarta-feira, Alckmin assinou um convênio responsável pela regeneração da vegetação nativa e um decreto que disponibiliza recursos do Estado para a contrapartida financeira do convênio celebrado com a Agência Nacional de Águas.
