Cerca de dois mil moradores da Vila Soma, em Sumaré, realizaram uma nova manifestação em protesto contra a ordem de reintegração de posse da área, que segundo a justiça deverá acontecer entre os dias 14 e 18 de dezembro. Eles prometem resistir caso nenhuma solução seja apresentada pelas autoridades. O ato aconteceu no início da noite desta terça-feira, quando os participantes deixaram a área de invasão e seguiram até à Câmara Municipal, no Centro. A indefinição sobre a situação dos moradores da área tomou contornos dramáticos neste ano, quando o processo de reintegração de posse foi sendo adiado, aguardando decisões de recursos promovidos pelas duas partes interessadas no local. Enquanto não há nenhuma definição das autoridades sobre qual será o destino das famílias que vivem na área, os moradores prometem resistir, como afirma William Souza, um dos líderes da ocupação.
A Justiça havia determinado um leilão da área ocupada para o pagamento dos funcionários da antiga empresa que funcionava no local e que foi a falência em 1990. A área, de mais de 500 metros quadrados, foi invadida em junho de 2012, e segundo os moradores, abriga cerca de 2,5 mil famílias. A prefeitura de Sumaré sempre reiterou que o local é de propriedade particular e que o
problema não é da municipalidade.