A Polícia Civil de Piracicaba prendeu na manhã desta quarta feira, Thiago Gomes Calado, de 24 anos, apontado por disparar os tiros que mataram o prefeito de Elias Fausto, Laércio Betarelli, no dia 2 de outubro deste ano. Através da investigação, os policiais identificaram o suspeito como participante do crime. Ele foi preso no bairro Morada do Sol, em Indaiatuba.
Thiago confessou ter atirado no prefeito, a mando do empresário Sérgio Picão, já identificado pela investigação como o mentor do crime. O suspeito disse que foi contratado pelo empresário uma semana antes do fato e que recebeu uma quantia de R$ 20 mil para executar o prefeito.
O motivo do crime teria sido desavenças econômicas e pessoais entre o empresário, que queria a liberação de loteamentos no município, e o prefeito que barrava os planos de Picão.
A polícia chegou ao mandante através do veículo usado pelo atirador. Segundo a investigação, Picão comprou o carro poucos dias antes do crime e tentou devolvê-lo após a morte do prefeito. O utilitário era usado para acompanhar a rotina de Betarelli, segundo a polícia, e foi visto no local do assassinato.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Piracicaba, Fernando Marcos Dultra, além de confessar ter atirado no prefeito, Thiago Gomes Calado explicou como o empresário Sérgio Picão teria participado ativamente no dia do crime, fornecendo o carro, a arma e a rotina do prefeito. Depois de executar Betarelli, Calado disse à polícia que foi para a chácara do empresário, onde devolveu o carro e a arma, que ainda não foi localizada. Ele recebeu o pagamento três dias após o crimee comprou um automóvel, que foi apreendido na ação desta quarta-feira. Segundo o delegado Fernando Marcos Dultra, Calado não sabia que a vítima era prefeito de Elias Fausto.
Thiago Gomes Calado tem passagens por tentativa de homicídio, porte de arma e roubo e respondia em liberdade. Ele teve decretado o pedido de prisão temporária por 30 dias e o empresário Sérgio Picão, que segue negando participação no crime, teve prorrogado o pedido de prisão por mais 30 dias.