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Justiça aguarda tratativas para definir execução da reintegração de posse da Carlos Gomes

Reunião entre alunos da escola e Dirigente de Ensino ocorreu em frente à unidade de ensino

Após manterem a ocupação mesmo após uma liminar expedida na última semana, que determina a reintegração de posse, os estudantes da Escola Estadual Carlos Gomes receberam o Dirigente Regional de Ensino de Campinas, Nivaldo Vicente, para uma reunião onde exigiram a saída da Diretora da Escola, Miriam Shimizu.

Reunião entre alunos da escola e Dirigente de Ensino ocorreu em frente à unidade de ensino
Reunião entre alunos da escola e Dirigente de Ensino ocorreu em frente à unidade de ensino

A aluna Natália Cristina conta algumas das razões pelas quais os estudantes fazem esta exigência. “Ela persegue as pessoas por motivos banais, como vestimentas. Também não tolera atrasos, sendo que aqui é uma escola central, e muitos vêm de ônibus e por isso podem atrasar. Nosso convívio com ela não é mais possível”. Os estudantes afirmam também que muitos sofrem perseguição por protestarem a respeito da ausência de grêmio estudantil, sendo suspensos ou até expulsos da escola.

A reunião foi acompanhada pela oficial de justiça Fharen Laubstein, que aguarda as tratativas para verificar se será ou não necessário o cumprimento da ordem de reintegração de posse. “Enquanto houver uma margem para negociação nós vamos aguardar. O objetivo é evitar o conflito, ver que os alunos tenham suas pautas reivindicadas dentro de um limite aceitável.”

O Conselheiro Tutelar, Renato Fonsecam, também participou do encontro, a fim de garantir a integridade física dos alunos, uma vez que há a possibilidade de uso de força policial para o cumprimento da ordem de reintegração de posse. “O Conselho Tutelar é acionado quando há violação de direito. Como havia possibilidade reintegração de posse, nós viemos acompanhar para verificar se não há violação de nenhum direito dos alunos”.

Após a reunião, o dirigente da regional de ensino, Nivaldo Vicente, afirmou que iria analisar as reclamações formais dos estudantes para verificar que medida poderia ser tomada. Ele não quis atender a imprensa. A advogada que representa os estudantes, Cristiane Anizeti, afirma que o dirigente já conhecia as denúncias contra a diretora, e que Vicente não definiu se aceitará ou não se reunir novamente com os alunos.

A decisão judicial do dia 17 de dezembro da 2° Vara da Fazenda Pública coloca com caráter imediato e de urgência a desocupação do espaço. Na avaliação do juiz Wagner Gídaro, os estudantes não demonstram intenção de “abandonar o ato de vandalismo e ocupação”. Os estudantes garantem que não cometeram ato algum de vandalismo, e dizem que fizeram até melhorias no prédio.

A ocupação da escola Carlos Gomes já dura mais de um mês. Outras escolas de Campinas já foram desocupadas após o Governador Geraldo Alckmin suspender a reorganização do sistema da rede de ensino do estado.

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