Delação de empresário da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) da cidade de Bebedouro aponta que prefeituras do estado de São Paulo cobravam propina para que a empresa conseguisse licitações da merenda escolar nas cidades. Pelo menos 22 munícipios são investigados, entre eles Campinas. A empresa é alvo da operação “Alba Branca” do Ministério Público e Polícia Civil. Até então, as investigações apontavam que era a Cooperativa que subornava os agentes públicos.
Ralph Tórtima Filho que é advogado do ex-presidente da COAF, Cássio Chebabi, diz que a empresa acabava pagando a propina, senão não teria chances de conseguir os contratos.
Em coletiva de imprensa, o Secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre de Moraes, reforçava as investigações de agentes públicos. Não se descarta o envolvimento de prefeitos. Além do pagamento de propina, as investigações apontam superfaturamento dos preços que chegava a 30%.
Uma das prefeituras que se manifestou foi a de Campinas. A assessoria diz que a cidade colabora com a justiça e que o contrato firmado ocorreu por meio de chamamento público, cumprimento a legislação.