Apesar do cenário epidemiológico de Campinas não incluir o zika vírus, as autoridades de saúde do município garantem estarem atentas em relação a essa ameaça. Foi comprovado que os dezesseis casos de microcefalia registrados na cidade no último ano não têm relação com o vírus, mas, para o Secretário Municipal de Saúde, Carmino de Souza, a grande possibilidade da sua chegada na região exige enfrentamento ainda mais intenso do que o que já tem sido feito no caso da dengue. Para ele, o combate ao mosquito transmissor, que é o mesmo no caso da dengue, zika e chikungunya, é a única forma de combater a situação.
A preocupação fica ainda maior diante do cenário no Estado de São Paulo, que no ano passado viveu sua maior epidemia, com 650 mil casos de dengue e em Campinas, com 65 mil casos. Para Carmino, além de intensificar as políticas públicas de combate ao Aedes aegypti é preciso que a população contribua eliminando os criadouros.
Carmino descarta ações experimentais, como a do mosquito transgênico, usado no bairro Cecap em Piracicaba que gerou redução de 82% de casos no local. Para o secretário, esse tipo de ação não atende uma cidade com as dimensões de Campinas. Para Carmino, a situação é grave por ser nova para a ciência e por ter sido negligenciada no País.
É sempre bom lembrar que para eliminar os criadouros do Aedes aegypti é preciso manter caixas d’água vedadas e eliminar água parada em entulhos, vasos e telhados.