
O CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador de Campinas – tem registrado grandes filas de pessoas em busca de emprego. Jeferson Silva da Cruz está desempregado há 4 meses e foi ao CPAT em busca de uma vaga como tapeceiro ou motorista. Armelindo Junior também considera que a atual situação não permite muita escolha e está aberto a qualquer oportunidade. Neide Ignácio mudou para Campinas recentemente e está confiante. Há uma hora na fila do CPAT, Arlindo Batista teve que sair do mercado de trabalho para cuidar da mãe que ficou doente e está com dificuldade para retornar ao mercado de trabalho.
Se depender do ânimo do empresario da indústria são poucas as chance de aumento na oferta de emprego. O último relatório de sondagem industrial do CIESP Campinas apontou que 80% dos empresários da região disseram que não pretendem ampliar seus investimentos em 2016. A justificativa é a crise econômica e política do país. O ano de 2015 foi apontado pela entidade como um dos piores para a indústria, já que os investimentos foram menores, a produção e as vendas caíram e o índice de desemprego deve ser o maior dos últimos 12 anos. De janeiro a outubro, foram 5.550 demissões registradas, índice melhor apenas quando comparado aos 12 meses de 2009, quando 5,7 mil trabalhadores perderam o emprego.