Um ano e quatro meses após a aprovação dos distritos de Ouro Verde e Campo Grande, em Campinas, as sedes das subprefeituras ainda não ficaram prontas, o que deixa a população desconfiada sobre o futuro. Com os prédios ainda vazios e quase em estado de abandono, muitos moradores já começam a duvidar de que as duas regiões vão passar por melhorias ou mudanças significativas após a criação dos distritos.
Audimar Rodrigues tem uma loja na Avenida Armando Renganeschi, ao lado do local escolhido para a sede do Ouro Verde. Ele torce pela instalação rápida, mas viu poucas mudanças nos últimos meses. Ele ainda conta que o galpão possui segurança em dois períodos, mas mesmo assim foi invadido por ladrões, que fugiram com parte da fiação. A construção está vazia e pouca movimentação foi vista recentemente.
Outra comerciante do entorno, Débora Rosa também defende os cerca de 240 mil moradores, que estão divididos em 140 bairros. Ela mantém a expectativa pela entrega e funcionamento do prédio da subprefeitura. No Campo Grande, com 190 mil habitantes em 90 bairros, o endereço escolhido fica ao lado da Praça da Concórdia e também sofre com a demora: uma faixa anuncia a obra, mas o local já foi até pichado.
Quem conta é o aposentado Antônio dos Santos, que acompanhava o cotidiano dos trabalhos, mas que não vê os operários por lá há certo tempo. Por isso, a comerciante Selma Gonçalves demonstra ceticismo. O Executivo Municipal informou em nota que “tem interesse em concluir o mais rápido possível a reforma” para “melhor atender as populações”, mas não estimou um prazo. Por fim, confirmou que uma reunião sobre o assunto seria feita para verificar o andamento dos trabalhos nos prédios.