A Ordem dos Advogados do Brasil, em Sumaré, oficiou o Ministério Público do Estado e o Conselho Tutelar para que tomem providências com relação às imagens de crianças durante um ato na ocupação da Vila Soma, no início desse ano.
Na ocasião, parte dos moradores montou um grupo que defendia resistência à reintegração de posse da área e, durante a manifestação, crianças com rostos cobertos empunhavam galhos de árvore e madeira.
Para o presidente da OAB Sumaré, Marcos de Matos Martins, a medida foi necessária para proteger as crianças com base do Estatuto da Criança e do Adolescente.
De acordo com um levantamento do Sindicato dos Médicos de Campinas há cerca de 1,4 mil crianças na ocupação sendo que 700 delas estão fora da escola. Na área, vivem cerca de 10 mil pessoas desde 2012, quando as famílias se instalaram no terreno de propriedade da empresa Melhoramentos Agrícolas Vifer, e da massa falida da Soma Equipamentos Industriais S/A.
Martins comentou que espera um retorno do MP e do Conselho Tutelar para que ele possa levar o assunto à Brasília, para que medidas também sejam tomadas.
A reintegração de posse da área estava agendada para o último dia 17 mas acabou suspensa pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
O advogado que representa as famílias da ocupação Vila Soma, Alexandre Mandl, informou que se manifestará sobre o assunto somente quando for comunicado oficialmente pelo MP ou Conselho Tutelar.
A produção da CBN Campinas entrou em contato com o Conselho Tutelar de Sumaré e a informação foi que eles ainda não foram até o local para analisar o assunto mas que enviará um parecer à justiça.