O aumento do preço do etanol e o fato do valor do combustível estar semelhante nos postos de Campinas trazem a suspeita de cartel na cidade.
A denúncia foi entregue ao Ministério Público, com instauração de inquérito pela polícia civil e partiu da Câmara de Vereadores. O presidente da Comissão de Direitos do Consumidor, vereador Cidão Santos, conta que recebeu reclamações e fazendo um levantamento constatou que o valor mais que dobrou desde o final do ano passado. Ele fala em falta de concorrência e oportunismo dos empresários.
A reportagem acessou dados da Agência Nacional do Petróleo, de 27 de dezembro a 02 de janeiro. Dos 43 postos de combustíveis, 12 praticavam o mesmo preço do etanol, R$ 2,69. Do total, o de menor valor cobrava pelo litro do combustível R$ 2,37. O mais caro chegava a R$ 2,79.
O presidente do Recap (sindicato do setor na cidade), Flávio Campos, usa esses dados para descartar indicio de cartel no varejo, comparando ainda com os preços médios do estado. Ele acha que a investigação de cartel deve abranger setor de distribuição e produção do etanol.
A assessoria de imprensa do Procon Campinas informou à reportagem que no ano passado fez duas pesquisas na cidade e não constatou indícios de cartel.
