A falta de fiscais da Anvisa ampliou para 60 dias a liberação de cargas no Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas. O problema acontece desde o ano passado, quando uma força-tarefa chegou a ser montada e reduziu o tempo de 40 para dois dias. Adotada em setembro, no entanto, a medida foi suspensa, o que voltou a causar a retenção de insumos químicos e médicos no local.
Com o volume cada vez mais crescente, a concessionária que administra o terminal precisou investir em mais câmaras frigoríficas. Quem explica é o assessor para Assuntos Institucionais de Viracopos, Carlos Alberto Alcântara, que ainda cita outros prejuízos.
O deputado federal Luiz Lauro Filho, do PSB, que articulou a criação da força-tarefa em 2015, se diz surpreso com o aumento da demora. Ele lembra que o custo do transporte aéreo de cargas é muito superior ao marítimo e compara os processos no porto de Santos e em Viracopos. Por isso, entende que a solução mais rápida é pedir novamente à direção da Anvisa para que aumente o efetivo e desafogue o terminal.
Enquanto isso, um projeto de lei federal quer reduzir a burocracia para empresas com uso mais frequente, mas não há prazo para a votação. Consultada sobre a demora, a Anvisa respondeu que a equipe de Viracopos “tem trabalhado com uma demanda acima da capacidade”. E o problema, segundo a nota, é causado pela redução da força de trabalho na unidade “por motivos de aposentadorias recentes”.
Conforme o comunicado, “uma próxima força-tarefa está programada” para depois do carnaval e depende do deslocamento de servidores. Por fim, ainda diz que atua dentro do governo para viabilizar a realização de um concurso público que recomponha as vagas de atuação.
