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Ocupação de fábricas da Mabe completa quatro dias

No quarto dia de ocupação das fábricas de eletrodomésticos da Mabe nas cidades de Campinas e Hortolândia, os trabalhadores esperam para ouvir novamente as propostas do administrador judicial da massa falida da empresa. A expectativa dos metalúrgicos é de que um plano seja apresentado para que os direitos e pagamentos pendentes sejam assegurados. É o que explica o diretor do sindicato regional da categoria, Sérgio Carvalho.

Segundo ele, até o momento não houve avanço nas negociações entre as partes porque os itens oferecidos não estão de acordo com a pauta de reivindicações dos cerca de 300 funcionários das duas unidades. A ocupação das fábricas foi definida depois que a falência da empresa foi decretada pela Justiça na última semana. A empresa passou três anos em recuperação judicial e desde dezembro de 2015 demitiu 342 funcionários.

No mesmo mês, as atividades foram suspensas e férias coletivas com retorno em janeiro foram concedidas. Os trabalhadores, no entanto, não voltaram ao trabalho, porque o décimo terceiro salário não foi depositado. O grupo acampou em frente à empresa por mais de um mês e estendeu a mobilização para a ocupação. A ideia do ato é impedir que o maquinário seja removido para que possa ser usado como possível fonte de receita.

Enquanto aguarda um direcionamento favorável nas negociações, o grupo diz que vai manter a ocupação. O ato é feito através de revezamento e os mantimentos são trazidos também com ajuda externa. A empresa possui dívidas de mais de R$ 19 milhões com serviços contratados e R$ 4,5 milhões com fornecedores de matérias-primas.

A assessoria da Mabe informou que espera a realização da reunião para se manifestar, mas divulgou na última nota que o administrador judicial tem interesse em discutir o plano de continuidade com o sindicato. Segundo o comunicado, os trabalhadores estão habilitados a receber o FGTS e também o seguro desemprego com o decreto de falência, mas a massa falida não tem receita suficiente para pagar.

De acordo com o plano apresentado à Justiça, a massa falida passa a fazer parte de uma nova empresa e há o interesse em recontratar os funcionários. Com os lucros, a Mabe pagará as dívidas das rescisões. Por último, diz que para que o plano de continuidade seja realizado, é imprescindível que o maquinário esteja intacto e em condições de operação.

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