A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior do estado de São Paulo. A ação compõe a 24° fase da operação Lava Jato e ocorreu ao longo desta sexta-feira.
As investigações em torno desta propriedade apuram se o ex-presidente Lula omitiu ser o dono do local. Há suspeita é de que obras teriam sido feitas no sítio pela empreiteira OAS, bancadas pelo empresário José Carlos Bumlai.
Numa propriedade quase ao lado desse sítio, a Polícia Federal colheu depoimentos de caseiros. Nesse local, se investiga a instalação de uma antena da empresa de telefonia “OI”. Ela seria um favor a Luís Inácio Lula da Silva, já que nessa região até então não havia sinal de celular.
O delegado da Polícia Federal, Eduardo Mauat, informou que vários documentos foram apreendidos no sítio e as oitivas não acrescentaram muitas informações.
Débora Bruna dos Santos é uma das caseiras da propriedade em que a antena da “OI” foi instalada há cerca de três anos. Ela conta que os policias pediram informações do proprietário da área, mas ela mesma diz não ter detalhes, só sabe que ele se chama “Fernando”. Sobre as antenas, ela reconhece um dos pontos que causa a suspeita de favorecimento à Lula: O sinal de telefonia da “OI” só funciona na região da chácara que seria do ex-presidente.
Sobre o sítio Santa Bárbara, especificamente, a defesa de Lula, afirma que é de propriedade de Fernando Bittar, filho de ex-prefeito de Campinas, Jacob Bittar do partido dos trabalhadores e amigo pessoal do ex-presidente, o que justificaria o fato de Lula frequentar o local.
