Uma aula pública foi realizada no Largo da Catedral de Campinas, na noite desta quinta-feira, dia que marca os 52 anos do golpe de 1964, que levou o Brasil a enfrentar um período de mais de duas décadas de ditadura militar. Organizado pela Frente Brasil Popular – Campinas, Fórum Municipal de Defesa dos Direitos Humanos e pelo Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, a proposta é comparar o período passado com o atual, onde se discute o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Durante o ato, houve a realização de uma oficina de cartazes e leituras de poesia, além da aula pública, que contou com a presença de um jurista e de uma vítima da ditadura militar. Segundo a organização, pelo menos 300 pessoas participaram do encontro e nem a chuva atrapalhou a iniciativa. Um varal com foto de perseguidos pela ditadura foi estendido nos postes do largo da Catedral.
De acordo com o coordenador do Fórum Municipal de Defesa dos Direitos Humanos, Paulo Mariante, o ato não se trata de defesa do Governo Dilma, mas sim da democracia. Segundo ele, o impedimento de uma presidente que não cometeu crime de responsabilidade trata-se de um golpe. A aula pública contou com o apoio da Polícia Militar, que disponibilizou pelo menos quatro viaturas no local. Durante o ato, nenhum incidente foi registrado.