Cerca de 300 trabalhadores da obra de um complexo imobiliário no centro de Campinas paralisaram as atividades nesta terça-feira. O ato em solidariedade a 46 funcionários terceirizados fechou a rua José Paulino entre a rua Uruguaiana e a Avenida Aquidaban. Os operários estão sem receber desde janeiro. Eles foram dispensados e agora cobram o pagamento das verbas rescisórias.
Vindos de outros estados, eles relatam o drama de não conseguir enviar dinheiro para a família. É o caso de Renato Silva. Já Edivan Gomes conta que a empresa prometeu acertar as pendências financeiras até o último dia 4, mas isso não aconteceu.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil confirma o problema, mas também denuncia a situação do antigo alojamento. Segundo o diretor da entidade, Francisco Aparecido, os 46 trabalhadores foram transferidos para um hotel, mas o atraso continua. Ele quer uma reunião no Ministério do Trabalho e espera que a construtora Moura pague também as passagens dos homens.
O sindicato ainda alega que vai apurar as denúncias feitas pelos trabalhadores sobre segurança e higiene no canteiro de obras. Responsável pela construção do complexo imobiliário no centro da cidade, a Toledo Ferrari foi questionada, mas ainda não respondeu. A terceirizada Moura também já foi procurada e também não enviou resposta.