Para o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Sousa, a limitação no número de testes semanais de casos suspeitos de zika vírus é compreensível devido ao momento de evolução dos estudos da doença. Atualmente, 10 exames são feitos a cada sete dias pelo Instituto Adolfo Lutz e cinco pelos laboratórios da Universidade Estadual de Campinas.
O município registra 122 ocorrências suspeitas. Deste total, 29 são investigadas, número que envolve principalmente gestantes com sintomas e pacientes com condições clínicas e epidemiológicas. Por esse motivo, o secretário também avalia que os casos possíveis registrados em Campinas possam não ter a confirmação da doença.
O secretário de Saúde, Cármino de Souza, também explica que os vírus da zika, da dengue e da chikungunya possuem muitas semelhanças clínicas e por isso volta a destacar o combate ao mosquito transmissor. Ele ainda anunciou que os casos confirmados de dengue tiveram uma redução drástica em relação ao ano passado. De 60% em 2015, para 15% nos primeiros meses deste ano.
Por isso, quer municipalizar os testes. A ideia é agilizar os resultados da dengue em Campinas a partir deste mês para facilitar a tomada de decisões pela Pasta Municipal, já que os exames ainda são feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista.
Consultada, a Secretaria Estadual da Saúde disse que o envio de kits para testes ao Estado para diagnóstico do zika é de responsabilidade do Ministério da Saúde, que não respondeu até o fechamento da reportagem. Campinas confirmou o primeiro caso de zika em uma gestante no último dia 4, segundo registro do município. O primeiro foi em 2015 em um homem de 20 anos que tinha doado sangue no Hemocentro da Unicamp.
