Um eventual governo de Michel Temer vai encontrar muitas dificuldades, segundo o professor de ética e filosofia da Unicamp e cientista político, Roberto Romano. Ele acredita que os conflitos internos do PMDB poderão travar a possível nova administração do país. Além disso, o governo Temer teria de enfrentar a oposição do Partido dos Trabalhadores, aliado a movimentos sociais e centrais sindicais. Segundo Roberto Romano, caso o PMDB chegue ao poder, haverá disputa interna entre os representantes do partido e o plano de governo deverá ficar em segundo plano.
O cientista politico acredita que poderá haver uma flexibilização de programas sociais, o que despertaria resistência de alguns movimentos e também do próprio Partido dos Trabalhadores, que deve assumir uma postura de oposição, caso deixe o governo. Sem questionar os motivos que levaram a votação o afastamento da presidente Dilma neste domingo, o cientista político Roberto Romano, criticou a postura dos deputados e afirmou que os parlamentares do Brasil são despreparados.
Para o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o senado terá que aprovar, por maioria simples, se aceita o processo de impeachment encaminhado pela Câmara Federal. Ainda não foi definida a data desta votação.
