
Pelo segundo dia seguido os ônibus intermunicipais da empresa Rápido Luxo não saíram da garagem. Os funcionários seguem sem receber os salários e por isso a greve foi mantida, o que afetou 26 mil passageiros. Ao todo, 25 linhas entre Campinas, Vinhedo e Valinhos deixaram de circular, mas o ato de cerca de 150 motoristas e cobradores também atingiu os itinerários municipais em Vinhedo e Valinhos.
Com isso, muita gente pegou carona para estudar ou trabalhar. Em Valinhos, por exemplo, o terminal ficou vazio. No local, a comerciante Josefa Peixoto sentiu a diferença e tentou amenizar a queda nas vendas. Por outro lado, os taxistas do município viram o faturamento dobrar, já que muita gente ficou sem opção para os trajetos dentro da cidade. Um deles disse lamentar o motivo do acréscimo nesses dois dias de greve .
A exemplo do dia anterior, os cerca de 150 motoristas e cobradores permaneceram concentrados na garagem da empresa, em Valinhos, à espera dos depósitos. O pagamento foi prometido para esta terça-feira. Como isso não aconteceu, porém, a paralisação continuou. Um motorista que não quis se identificar conta que a incerteza sobre o salário afeta o planejamento do mês inteiro, já que as contas estão todas atrasadas.
A Empresa Metropolitana de Transporte Urbano, EMTU, afirmou que vai multar a empresa Rápido Luxo pela suspensão do serviço nos dois dias. Mas além dos ônibus municipais em Vinhedo e Valinhos e dos intermunicipais que ligam a Campinas, Louveira também teve greve. O ato na cidade, no entanto, teria sido suspenso após o acerto dos vencimentos por volta do meio-dia desta terça-feira.