Neste período de crise econômica, o brasileiro é obrigado a se adaptar para não se complicar, mas alguns gastos são indispensáveis, como o almoço, por exemplo. Grande parte da população economicamente ativa acaba fazendo fora a principal refeição do dia. O problema, é que almoçar fora ficou 10,17% mais caro num período de um ano, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IBGE. O período de análise vai de março de 2015 a fevereiro de 2016.
Em Campinas, a situação não é diferente do restante do país e o consumidor se vê obrigado a pesquisar o preço do almoço, como disse a advogada Dalva Nester. Se para o consumidor o cenário é ruim, a situação é ainda pior para os proprietários de restaurantes. Além de conviver com os reajustes nos preços dos produtos, eles têm que encontrar algum jeito para não perderem os clientes. O gerente de um restaurante no Centro de Campinas, João Mauro, afirmou que este é um período complicado e que negocia com os fornecedores para não passar o reajuste para os consumidores.
O economista Flávio Calife disse que nos últimos anos houve um aumento na procura por restaurantes no horário do almoço. Ele acredita que o quadro está se invertendo neste período de crise econômica. Para que tem a possibilidade e prefere comer em casa, o aumento registrado pelo IPCA é ainda maior, 14,82% no período analisado.
