Doze segundos para atravessar as duas pistas da avenida Anchieta, no cruzamento com a Benjamin Constant, no centro de Campinas. A reportagem foi conferir se o tempo é suficiente. Foi suficiente para mim, que tenho 24 anos e ando um pouco mais rápido. Mas quando falamos de idosos, às vezes só dá tempo de chegar ao canteiro central, onde fica a estação de transferência – como aconteceu com o casal Olívio e Eunice Vieira. Lenita Maria também não conseguiu chegar até o fim.
Ainda na Av. Anchieta, constatamos cruzamentos com grande fluxo de veículos, em que a travessia de pedestres tem um tempo curto. Com a Rua Barreto Leme são 15 segundos, situação semelhante com o cruzamento da Major Solon. Isso também ocorre na Francisco Glicério com a Moraes Salles.
Os pedestres são unânimes – deveria haver mais tempo para as pessoas atravessarem.
Por nota, a Emdec disse que os cruzamentos citados na reportagem possuem canteiro central com acessibilidade, que permitem a travessia em dois tempos (primeiro uma pista, depois outra).
Explica ainda que os tempos de travessia são baseados na segurança dos pedestres, ciclistas e motoristas e que é usado um tempo médio de travessia, determinado pela largura da via e pelos fluxos. Diz que nem sempre é possível sincronizar a travessia de duas ou mais pistas ou estender esse tempo para além da média, com risco de causar lentidões, congestionamentos e afetar o desempenho do transporte público, por exemplo, prejudicando a logística do município.