Um Estudo da Organização Mundial de Saúde revela que mais de 80% da população urbana mundial vive em áreas com alta taxa de poluição do ar. E destaca a região de Campinas que aparece com níveis de poluição piores do que o aceitável pela OMS. Das 45 cidades analisadas, Campinas, Americana, Paulínia e Piracicaba são apontadas com as piores condições do ar na região de Campinas, mas são citadas também Cordeirópolis, Limeira e Rio Claro.
O ar só pode ser considerado limpo se apresentar uma média de, no máximo, 10 microgramas de partículas inaláveis por metro cúbico. Níveis superiores já podem causar danos para os pulmões. Paulínia possui 18 microgramas, seguida por Americana e Campinas, ambas com 16 microgramas e Piracicaba, com 15. A meteorologista Olívia Nunes, da Somar Meteorologia, destaca o outono e o inverno como períodos críticos de poluição do ar. Olívia Nunes lembra que o interior sofre também um forte efeito das queimadas nessa época
O Cirurgião torácico, José Claudio Teixeira Seabra, observa uma nítida relação entre poluição e os problemas de saúde, citando também as queimadas como agravantes. Ele explica que a baixa qualidade do ar não estimula apenas o aparecimento de doenças relacionadas ao sistema respiratório, mas aumenta o risco de acidente vascular cerebral, doença cardíaca e câncer de pulmão. Outra consequência da baixa qualidade do ar, de acordo com José Claudio, é desencadear na saúde quadros agudos, como asma e bronquite. Os dados constam do 3º Relatório Global da OMS sobre o assunto.