A greve dos servidores de Campinas chegou ao fim depois de 22 dias, mas as escolas municipais de educação infantil seguem fechadas devido a outro problema: a falta dos serviços de limpeza e vigilância. Isso aconteceu, por exemplo, na EMEI Cônego Manoel Garcia, que fica na Avenida Doutor Alberto Sarmento, na região do bairro Botafogo. No local, os professores foram trabalhar, mas os alunos não entraram.
Na escola, estuda a filha de três anos e meio de Ana Paula Nicolau, que detalha a situação desde o início do mês, quando a terceirizada Gocil rompeu o contrato com a Prefeitura e os serviços pararam. A dificuldade relatada por Ana Paula é vivida por Rafael de Negri, que tem uma filha bebê que requer cuidados. Ele não tem com quem deixar o filho de dois anos e por isso a esposa precisa se redobrar na tarefa.
Ele explica que a creche Arthur Bernardes, no bairro Costa e Silva, está fechada há três semanas e ainda lamenta a saída dos dois vigilantes do local, que eram conhecidos dos pais e considerados confiáveis. O secretário de Administração de Campinas, Silvio Bernardin, promete uma solução ainda neste mês. Segundo ele, antes de recorrer às outras participantes da licitação, o Conta Escola poderá ser usado.
Com isso, a ideia é permitir a contratação emergencial de trabalhadores autônomos para as atividades de limpeza. Enquanto isso, afirma que novos contratos serão preparados pelo Executivo Municipal. Reforçando que o rompimento da Gocil é ilegal, Bernardin ainda afirma que os antigos trabalhadores da empresa serão priorizados na contratação das entidades que assumirem os serviços.
Procurada, a Gocil informou que não foi notificada sobre a decisão do juiz sobre o serviço de limpeza. Sobre o contrato de vigilância, declara ter recebido a notificação, que ainda está sob avaliação da área jurídica.
