Quando Cleusa Fernandes chegou à loja dela no último domingo se deparou com um cenário de destruição e teve uma primeira ideia dos estragos e danos. Dona de um estabelecimento na Avenida Almeida Garret, no Alto Taquaral, em Campinas, ela ainda não sabe o valor total dos prejuízos três dias depois.
A situação descrita por Cleusa é a mesma em comércios e casas da via, que está interditada em diversos pontos devido à movimentação dos trabalhadores. Por toda parte, equipes trabalham na remoção de árvores, galhos e entulhos, ou fazem a instalação de fios da rede elétrica. Muros também são reconstruídos.
Na loja de paisagismo de Américo Neto, as perdas de plantas e artigos para jardinagem chegaram a 70%. Dois pinheiros caíram com os ventos e afetaram a construção. Uma escola infantil na avenida foi a mais afetada e deve ficar até dois meses fechada para reforma, já que os galhos e árvores que caíram destruíram um dos prédios.
A estrutura que restou deverá ser demolida e por isso a direção da instituição particular decidiu aproveitar a proximidade das férias para realizar todas as obras. Repleto de imóveis de alto padrão, o bairro também teve outras ruas afetadas pelos ventos do fenômeno conhecido como microexplosão. Uma delas é a Rua Fernão Lopes.
Um dos terrenos é da família de Adriana Rajer, que ainda está impressionada e conta que a falta de telhas ainda comprometeu outras partes por conta das chuvas. O imóvel era alugado pela Vigilância em Saúde Leste, da Prefeitura de Campinas, mas teve que ser desocupado. O Executivo foi procurado, mas não respondeu sobre qual medida seria tomada até o fechamento desta reportagem.
