Com essas temperaturas baixas e sensação térmica negativa, a preocupação com quem mora na rua fica ainda maior. No caso de Campinas, um dado chama atenção e traz alerta – essas pessoas têm buscado menos os albergues da prefeitura, como comenta a coordenadora do programa População Adulta em Situação de Rua, Ester Soeiro.
O jeito é reforçar o atendimento onde eles estão. Desde maio, 2500 cobertores forem entregues.
Nos albergues, há regras e não é permitido o consumo de bebidas alcoolicas ou entorpecentes.
Com essas pessoas buscando menos os abrigos, tem gente que deixa a temperatura mais quentinha de casa para levar um pouco de conforto para esses moradores de rua. É o caso de Bruno Dante que é um dos coordenadores do “Entrega por Campinas”. Eles fazem o atendimento a partir da meia-noite.
O projeto já existia em São Paulo e há quase um ano está cidade, com cerca de 80 pessoas se mobilizando a cada ação e entregando kits com itens para espantar o frio, a fome e garantir a higiene.
Bruno conta que o frio é ainda mais intenso nas calçadas e vias da região central.
Diego Vedovato Fortuna é de Campinas e visitou cerca de 350 cidades no mundo conversando com moradores de rua. Ele destaca a fragilidade da saúde deles e no caso de Campinas, com o frio, o consumo do álcool.
Vedovato conta em um livro a história desses moradores de rua que conheceu nas viagens, com o destaque também para as políticas públicas em cada país.