Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Paulínia estão em greve. A paralisação é motivada pela falta de acordo sobre os salários. A categoria pede aumento de pelo menos 9,89%, baseado no INPC, mas o sindicato reclama que a empresa não apresentou proposta até agora.
A data-base da categoria é primeiro de maio e quem opera o serviço é a Passaredo, que teria informado que só negociaria a partir de novembro. Com isso, o anúncio sobre o movimento no transporte urbano em Paulínia foi feito e os ônibus não saíram da garagem no bairro Bela Vista.
Segundo o vice-presidente do sindicato de Campinas e Região, Izael de Almeida, o serviço não volta até que haja uma proposta satisfatória. O ato afetou 30 mil usuários diários dos ônibus urbanos, mas os pontos ficaram vazios porque a panfletagem foi feita desde segunda-feira.
É o que explica Francisco Alves. Ele é usuário das linhas municipais e esperava um ônibus metropolitano, que circulava normalmente na cidade. Além do convencional, os escolares também foram parcialmente afetados. O serviço é feito por uma empresa pertencente à Passaredo.
Em nota, a Prefeitura de Paulínia informou que somente um dos seis lotes escolares foi prejudicado e que uma força-tarefa foi montada na cidade. O Executivo alegou que acompanha com preocupação o impasse entre a empresa e os funcionários do transporte e diz que espera um desfecho.
A Administração ainda diz que espera que as operações sejam mantidas em 70% e lembra que o contrato prevê multa no caso do descumprimento. O comunicado também detalha o aumento da tarifa com base no INPC. Mas o reajuste não será repassado à população, que segue pagando R$ 1.
Desta forma, o subsídio municipal vai passar dos R$ 16,5 milhões pagos anualmente pela Prefeitura de Paulínia. A Passaredo não se manifestou.